Em entrevista à Rádio Cultura FM nesta última quinta-feira (27), o presidente do partido Rede Sustentabilidade, em Mato Grosso, Enor Cabral disse que o principal projeto da sigla para 2024 estará nas eleições proporcionais. Assim, a sigla vai estar de olho em aumentar o número de vereadores nas Câmaras, no Estado, em especial, em Cuiabá.
Mas mesmo admitindo que a legenda – Rede Sustentabilidade – é ainda uma sigla considerada ‘anã’, dentro de um mapa político onde são os grandes partidos que realizam as maiores estratégias nas disputas majoritárias, Enor não descarta uma composição ou mesmo ‘peitar’ a cabeça de chapa para a Prefeitura de Cuiabá.
“A gente está pensando em Cuiabá. Aqui nós estamos construindo nomes para a Câmara de Vereadores. Assim como em Várzea Grande, Rondonópolis e Sinop. Nosso foco hoje é na proporcional para eleger nossos representantes dos legislativos e assim ir ganhando representatividade. Mas nada impede de ter um nome para a disputa majoritária, caso a nacional assim decida”, disse.
A Rede Sustentabilidade (Rede) é um partido político brasileiro que possuem integrantes de centro-esquerda até uma esquerda socialista como a porta-voz Heloísa Helena, uma das fundadoras do Partido Socialismo e Liberdade (PSOL). A sigla se autodefine como “humanista e ambientalista”. Teve seu registro definitivo concedido em 22 de setembro de 2015.
Nas eleições gerais de 2022 foram eleitos apenas dois deputados federais em conjunto com o PSOL que elegeu 12 totalizando 14 no sistema de Federação.
Enor ainda fez duras críticas na entrevista à forma da distribuição do fundo eleitoral que, segundo ele, acaba por prejudicar os partidos menores. Ao apontar que, em 2022, a sigla recebeu R$ 69,7 milhões, já os três maiores partidos do país hoje receberam fundos milionários como o União Brasil, por exemplo, que recebeu R$ 782,5 milhões; o PT 503,4 milhões e o MDB ao entorno de R$ 363,2 milhões.
“É muito desigual a distribuição do fundo eleitoral. Nós somos um partido novo criado em 2015, não dá ainda para concorrer com os partidos mais antigos e com maior bancada. O jogo político no Brasil é muito desigual, com diferenças bem gritantes. E isso daí reflete diretamente na campanha eleitoral” disse.
Fonte: O Bom da Notícia