Para passar o tempo, conversas, jogo de dominó, filmes a bordo truco e, claro, uma soneca para descansar o corpo. Apesar do longo tempo de deslocamento, os atletas permaneceram focados. Os do judô e do taekwondo, por exemplo, atentos à dieta para ficarem dentro do peso de cada categoria. Já o pessoal do atletismo e natação se preocupava com o alongamento e a mobilidade
Quem embarcou no mesmo vôo foi Diogo Silva Medalha de ouro no Pan-Americano de 2007, no Rio de Janeiro, o pós-atleta olímpico de taekwondo também participou dos Jogos Mundiais Universitários. Ele levou mais um ouro, em 2009, em Belgrado (Sérvia). Diogo agora representa o Brasil como Assessor especial do Ministério do Esporte, e aproveitamos a escala na Etiópia para conversarmos um pouco mais.
“E um torneio incrível, extremamente forte, concorrido. Praticamente, os atletas com quem eu disputei a semifinal e a final, eu me encontrei com eles nos Jogos Olímpicos de Londres, que foi o ciclo olímpico que eu participei. Muitos atletas que estão aqui vão encontrar estes rivais nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024. É um torneio para levar com muita seriedade, que está abaixo apenas dos Jogos Olímpicos. Os Jogos Mundiais Universitários colocam o atleta muito próximo de uma medalha olímpica, de uma grande conquista internacional. Aqui não é um lugar de teste, é para mostrar quem é bom, quem é capaz, competente e está apto a disputar um grande torneio internacional”, analisou o Diogo Silva.
No último voo até o destino final, a delegação descansou um pouco mais. Afinal, ao chegar a Chengdu, ainda teria que retirar credenciais, desfazer a mala, tentar se adaptar ao fuso horário e ir direto para o primeiro treino no local, para começar a busca por medalhas no melhor da forma física.
* Maurício Costa viajou à Chengdu como integrante da delegação da Confederação Brasileira de Desporto Universitário (CBDU). A entidade convidou a EBC para participar da cobertura durante os 17 dias de competição.
Fonte: MT Esporte