O governador Mauro Mendes (União) afirmou que irá melhorar a Saúde de Cuiabá, caso o Judiciário de Mato Grosso decrete a intervenção estadual;
Ele, no entanto, observou que assumir a gestão do setor é um “presente de grego”.
“Isso é um presente de grego, porque pegar uma Saúde destruída, endividada, desorganizada, bagunçada… Por outro lado, virar as costas para a população que está morrendo, que está sofrendo com falta de atendimento, também é uma desumanidade”, disse.
O chefe do Executivo Estadual admitiu que não conseguirá solucionar os problemas da Saúde Pública da Capital em 90 dias, mas garantiu que, se for decretada a intervenção novamente, irá promover grandes melhorias no setor.
“Essa é uma decisão que compete aos desembargadores. Se o Tribunal de Justiça decidir, seguramente, vamos nomear alguém. Vamos para lá, trabalhar e ajudar a minimizar o caos. Em 90 dia,s não vamos resolver num passe de mágica, mas, com trabalho sério, vamos melhorar muito a Saúde”, disse.
O Órgão Especial do Tribunal de Justiça se reúne na quinta-feira (9), para decidir sobre a intervenção na Saúde Pública da Capital.
O tema era para ter sido julgado no último dia 23, quando foi convocada uma sessão extraordinária para deliberar sobre o assunto.
Na oportunidade, contudo, os desembargadores Rubens de Oliveira e Juvenal Pereira pediram vistas compartilhada, adiando o julgamento.
Até o momento, cinco desembargadores já proferiram seu voto a favor da intervenção.
Trata-se de Paulo da Cunha, Rui Ramos, Carlos Alberto e Maria Erotides, que acompanharam o voto do relator do processo, desembargador Orlando Perri, que reforçou o seu posicionamento em favor da intervenção estadual.
Já os desembargadores Marcio Vidal, Guiomar Teodoro Borges, Clarice Claudino, João Ferreira Filho, Carly Marcondes e Antônia Siqueira optaram por esperarem as vistas para proferir o voto.
“Nunca fiz nenhum movimento, nem contra nem a favor, a essa decisão. Ela compete exclusivamente ao Tribunal de Justiça; Mas, como cidadão cuiabano, me corta o coração ver o sofrimento de grande parte da população. Basta andar pelos bairros, falar com as pessoas que usam as unidades de Súde. É lamentável todo o descaso e tudo que está acontecendo na Saúde, e não só na Saúde”, completou Mauro Mendes.
Nesse sentido, o governador afirmou que espera que a decisão não seja postergada.
“Só espero que decida logo isso também, não dá para ficar postergando uma decisão. Ou sim ou não, tem que ter uma decisão para que os caminhos possam seguir”, finalizou.
Desde o início de janeiro, o processo aguarda julgamento colegiado, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) suspender a liminar, concedida pelo relator do processo, desembargador Orlando Perri, que decretou que o Estado assumisse o setor na Capital.
Na oportunidade, tanto o Ministério Público Estadual (MPE) quanto a Procuradoria Geral do Municípios fizeram sustentação oral.
Acesso 10/03/2023, disponível em https://www.diariodecuiaba.com.br