Do UOL, em São Paulo
19/11/2022 14h11Atualizada em 19/11/2022 23h44
O Brasil tem oito bloqueios em estradas federais, sendo um no Pará e sete no estado de Mato Grosso. A informação é da PRF (Polícia Rodoviária Federal), em balanço divulgado às 22h19 (horário de Brasília) deste sábado (19).
De acordo com a PRF, também há outras 21 interdições. A PRF também informou que já desfez 1.207 manifestações. Os bloqueios são feitos por manifestantes que defendem um golpe após a vitória do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) contra o presidente Jair Bolsonaro (PL), no segundo turno.
No balanço anterior, divulgado às 17h32 de hoje, a instituição informou haver cinco bloqueios em estradas federais e outras 18 interdições.
Veja as cidades que possuem bloqueios:
Alexandre de Moraes, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), determinou o bloqueio das contas bancárias de 43 pessoas físicas e empresas suspeitas de financiar os atos.
“Propagar o descumprimento e desrespeito ao resultado do pleito eleitoral […], com consequente rompimento do Estado Democrático de Direito e a instalação de um regime de exceção”, diz o documento assinado pelo ministro.
Quem são os financiadores. Levantamento feito pelo UOL Notícias constatou que 24 dos 43 bloqueados são de Sorriso, cidade com 92 mil habitantes no interior de Mato Grosso dominada pelo agronegócio.
Entre eles, está Atilio Elias Rovaris, empresário do agronegócio e piloto amador de rally responsável por uma doação de R$ 500 mil para a campanha de Bolsonaro. Ele foi procurado, mas não quis se manifestar.
Somados, os suspeitos de financiar os atos golpistas foram responsáveis também pelo pagamento de R$ 1,3 milhão destinados à disputa eleitoral.
Na última segunda-feira (14), o MPF (Ministério Público Federal) do Rio de Janeiro pediu o afastamento por 90 dias de Silvinei Vasques, diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal). No pedido, a entidade argumenta que ele fez uso indevido do cargo ao pedir votos irregularmente para Bolsonaro durante a campanha presidencial.
O MPF cogita, inclusive, que a conduta de Silvinei possa ter interferido na atuação da PRF durante os bloqueios golpistas nas rodovias federais.
“Após o anúncio do resultado das eleições, instalou-se no país um clima de instabilidade o qual demandou a atuação imediata de vários órgãos. Não se pode afastar, de plano, que as manifestas preferências do requerido tenham influenciado e possam vir influenciar a condução das ações da PRF durante este momento de crise”, cita a ação.
No dia seguinte ao pedido de afastamento, Silvinei entrou de férias. A PRF não informou quanto tempo Vasques ficará fora da função. O UOL Notícias questionou quem substituiria Vasques, mas não recebeu resposta.
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Por favor, tente novamente mais tarde.
Não é possivel enviar novos comentários.
Apenas assinantes podem ler e comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Leia os termos de uso